Trigo duro

O trigo duro é uma variedade de trigo muito resistente que gera altos rendimentos de sêmola. O sistema de moagem do trigo duro foi atualizado para permitir que o grão seja moído em etapas, maximizando a produção de sêmola e minimizando a produção de farinha. A sêmola lavada coletada na fábrica é classificada, separada e lavada repetidamente para garantir uma classificação uniforme e remover o farelo aderente. Os moinhos de trigo duro são facilmente identificáveis entre os inúmeros moinhos, pois a maior parte da sêmola é obtida de máquinas de peneiração. O tamanho tradicional dos grãos da sêmola de trigo duro tende a ser mais grosso do que os tamanhos utilizados pelos processadores de massa modernos. O trigo duro está principalmente associado à produção de massas, mas uma grande parte também é usada na produção de cuscuz, um alimento popular no Norte da África. Além disso, uma parcela significativa é utilizada na panificação, incluindo pães achatados e rústicos. No Brasil, importadores líquidos de trigo exportaram 2,2 milhões de toneladas, mais de quatro vezes o volume do mesmo período do ano anterior. Isso apesar do mau tempo no sul do Brasil (agravado pelo fenômeno La Niña), onde 90% do trigo do país é cultivado. O boom das exportações é impulsionado principalmente pelo mercado. A seca que atingiu a América do Norte e a Europa no ano passado destruiu grande parte da colheita. Os agricultores brasileiros que conseguiram trocar outras culturas como milho e soja (o trigo leva cerca de 120 dias para crescer e ser colhido) estão se saindo bem. Graças ao câmbio desvalorizado do real, o trigo brasileiro está entre os mais baratos no mercado mundial. Por exemplo, no primeiro trimestre de 2022, o volume de vendas de trigo brasileiro para países árabes aumentou 438% em comparação com o mesmo período do ano anterior.